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Tudo começou em 1972 quando Guilherme Paulus, um então jovem agente de viagens da tradicional Casa Faro Turismo, dirigia um grupo de turistas em um cruzeiro pela Argentina. Lá, conheceu o então deputado estadual Carlos Vicente Cerchiari, que pretendia montar uma agência de turismo em Santo André, seu reduto eleitoral. O deputado propôs-lhe uma sociedade. Paulus aceitou e juntos fundaram no dia 28 de maio a agência CVC, batizada com as iniciais do nome do deputado. O novo negócio foi resultado da percepção de uma grande oportunidade a ser explorada: democratizar o acesso às viagens para brasileiros de todas as classes sociais. Nascia o conceito de turismo de massa no Brasil. Poucos anos depois, em 1976, a sociedade foi desfeita e a CVC passou a ser administrada apenas por Guilherme e por sua esposa Luiza. Os primeiros resultados positivos não vieram de forma rápida. Isto porque, logo em seguida foi criado pelo governo o depósito compulsório, que determinava um depósito de US$ 1.000 para quem viajasse ao exterior. Resultado: as viagens internacionais praticamente desapareceram. E o pior: o turismo interno quase não existia ainda. Essa foi a primeira grande dificuldade enfrentada por Paulus. A CVC, então com quatro funcionários, entendeu que para consolidar sua atuação junto ao público consumidor seria fundamental inovar. Tanto que foi a primeira empresa a fretar aviões, a oferecer o parcelamento de viagens e a desenvolver produtos turísticos que cabiam no bolso de muitos cidadãos brasileiros. A CVC começou então a trabalhar com o turismo rodoviário nacional. Descobriu um nicho de mercado que estava concentrado no ABC paulista com as fábricas da Ford, Volkswagen e Mercedes-Benz.

Em 1978, a CVC deu início à organização de grupos de viagem, atendendo principalmente aos grêmios de funcionários das indústrias da região. A CVC atuava fazendo promoções junto ao departamento de recursos humanos das empresas ou diretamente com os funcionários. Em 1981 a agência já contava com uma carteira de clientes formada por mais de 300 grêmios e associações no Brasil para o turismo rodoviário. O crescimento dos negócios abriu as portas para estabelecer boas oportunidades com as companhias aéreas, hotéis e outros estabelecimentos turísticos. Foi nesta época, que surgiram os projetos cooperados, sendo o primeiro deles firmado com a Empresa Amazonense de Turismo, a Vasp e a rede hoteleira; que conseguiu o suporte para a venda de grande quantidade de viagens a Manaus, Salvador, Fortaleza e Maceió. Com o sucesso alcançado, a CVC continuou a investir nos cooperados obtendo muito sucesso ao fazer parcerias com órgãos oficiais de turismo. Esta década foi marcada também pelo surgimento dos pacotes de viagem com transporte aéreo e a inauguração das primeiras lojas fora do ABC Paulista.

Em 1989, um dado impressionava o mercado: a CVC havia comprado 100 mil passagens aéreas da Vasp. Esse volume representava 50% de todo o movimento mensal da companhia aérea. O empreendedorismo da operadora foi noticiado até pela imprensa internacional como case de marketing. No mês de outubro de 1992, a CVC começou a fretar aviões para uso exclusivo de seus passageiros. As primeiras viagens foram para destinos como Maceió, Natal, Porto Seguro, Serra Gaúcha e para a Pousada do Rio Quente, em aviões modelo Boeing 737-300/500. Pouco depois, enquanto as agências funcionavam em prédios e horários comerciais, a CVC resolveu inaugurar sua primeira loja dentro de um shopping center. Mais uma grande inovação ocorreu em 1997 quando a CVC instalou a primeira sala de embarque no Porto de Santos, para atender com conforto aos passageiros de cruzeiros marítimos. No ano seguinte, a empresa contava com lojas em São Paulo, Santos, Guarulhos, Osasco, Campinas, Mogi das Cruzes, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Belo Horizonte, Londrina, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro. Nesta época a CVC oferecia mais de 50 roteiros turísticos, embarcando aproximadamente 300 mil passageiros por ano.

Em 2000, o programa operacional e de vendas Systur, desenvolvido especialmente para a CVC, contava com mais de 670 terminais servidores interligados em todo o Brasil com capacidade para 12 mil transações por minuto. O perfil dos clientes da CVC começou a mudar nesta época, quando a empresa conquistou os consumidores da classe média, aproveitando a desvalorização do Real, que quebrou importantes concorrentes como a Soletur e a Stella Barros. Ambas dependiam das viagens internacionais, que de uma hora para outra se tornaram caras demais para a classe média brasileira. Diferentemente delas, a CVC atravessou este período com êxito graças ao turismo doméstico, sua principal aposta até hoje. Na época da crise cambial o turismo rodoviário respondia por 50% de suas vendas, os pacotes aéreos nacionais ficavam com 30% e os 20% restantes eram de viagens internacionais.

Em 28 de maio de 2002 a CVC completou 30 anos de história com 5 milhões de passageiros embarcados, 48 lojas no Brasil e uma nos Estados Unidos. Após um crescimento exuberante nos anos seguintes e depois de meses de negociação, no início de 2010, o fundo americano de private equity Carlyle adquiriu por R$ 700 milhões 63.6% da CVC, maior operadora de turismo da América Latina. Apenas a operadora de turismo - incluindo os cruzeiros marítimos - foi envolvida no negócio. Sob o comando do Carlyle, a CVC iniciou a expansão para outros mercados, incluindo alguns países da América Latina. Outro fato marcante ocorrido no ano foi que a CVC se tornou uma operadora oficial da Disney. Com experiência de mais de 20 anos na operação e comercialização de roteiros turísticos voltados às famílias brasileiras em viagens para a Flórida a CVC passou a integrar o restrito hall de operadoras seletas Disney, um claro reconhecimento à qualidade de seus serviços em viagens assistidas. Além disso, a CVC comprou as 14 lojas da bandeira Turismo Carrefour, localizadas dentro dos supermercados da rede francesa.


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